Centenas de Servidores realizam manifestação e dia de paralisação geral dos trabalhos em Aratuba
Na manhã desta quinta-feira o sindicato dos servidores de Aratuba organizou novo ato público pelas ruas da cidade
Mais uma vez os servidores públicos de Aratuba saíram às ruas para protestar contra salários atrasados devido pela Prefeitura Municipal de Aratuba. O Sindicato da categoria organizou e convocou os trabalhadores para o ato público e paralisação geral contra o desmonte no município e dos direitos dos trabalhadores. Entre as principais reivindicações estão: salários atrasados de parte dos servidores da educação referente ao mês de agosto (Fundeb 40%), salários atrasados referente ao mês de setembro de todas as categorias (exceto parte da saúde e alguns professores), 08 meses de atraso no pagamento do auxílio transporte dos professores, não pagamento da progressão de carreira do magistério correspondendo a 3% (três por cento) do salário base a partir de janeiro e atraso de 08 meses de diárias de motoristas da saúde e educação.
A situação dos servidores públicos em Aratuba se tornou uma novela desde o início da atual gestão em 2013, de lá para cá os atrasos vem ocorrendo ano após ano e sempre o Sindiara esteve do lado dos servidores na luta por seus direitos. A situação vivida pelos trabalhadores da prefeitura de Aratuba a cada dia de que passa se torna precárias, pois há servidores passando necessidades pois estão há cerca de 80 dias sem receber seus salários, ficando água, energia, supermercado e outras necessidades suspensas devido a falta de pagamento. Dessa forma os servidores empreenderam juntamente com o sindicato ações de mobilização para chamar a atenção da gestão “povo feliz” para que veja a situação dos trabalhadores e passe a honrar com seus compromissos primordiais que se destine a pagar a folha de pagamento.
O sindicato expõe que a situação do município é de extrema calamidade, uma vez que ninguém sabe ao certo quando receberá o seu salário, além do mais, vários direitos secundários dos funcionários da prefeitura estão sendo negados e não pagos pela gestão do prefeito Ivan Neto (PDT). A instituição ainda relata o fato de pouco tempo de gestão e a enorme dívida que se tem com os trabalhadores. “Temos ainda mais de cinco salários para receber e apenas dois meses e meio de repasses, o que nos deixa mais apreensivos é que o servidor nunca foi prioridade nessa gestão e no final do ano quando a receita é gorda, o medo que faz é os fornecedores serem a prioridade desse governo que só terá até 31 de dezembro para resolver suas pendências com o funcionalismo”, disse Bernardo vice-presidente.
O ato dos funcionários nesta manhã de quinta-feira (20/10) foi marcado por paradas importantes. Na câmara municipal foi entregue documento com denúncia contra o município por descumprimento a legislação. A vereadora Aila Santana (PR) recebeu o documento das mãos do advogado e do presidente do Sindiara. Em seguida os servidores caminharam em direção ao paço municipal onde foram realizadas falas de cobrança ao prefeito Ivan Neto (PDT) de sua obrigação essencial, de pagar os salários dos trabalhadores. Em seguida, o ato seguiu para o fórum da cidade, onde foi protocolado junto ao Ministério Público a mesma denúncia sobre o desmonte no serviço público em Aratuba e pedindo providências junto a representante do Ministério Público Camila Frota, em seguida, foi protocolado no poder judiciário a petição de medida cautelar com pedido de pagamento urgente dos salários atrasados do funcionalismo sob pena de bloqueio das contas públicas para pagamento exclusivo de salário dos servidores de Aratuba.
Na oportunidade o presidente do Sindiara Joerly Vítor, o vice-presidente Bernardo e o advogado Pedro Cavalcante foram recebidos pelo juiz da comarca Dr. Pedro Augusto Teixeira Dias que ouviu atentamente as considerações feitas pelos sindicalistas e prometeu agilidade na averiguação do pedido formulado pelo sindicato. “A situação hoje dos servidores de Aratuba é de extrema calamidade e incerteza, pois não sabemos o dia que vamos receber nossos salários, a única forma que temos de resguardar o pagamento dos funcionários é conseguindo o bloqueio das contas, pois o dinheiro estando preso, sabemos que será usado exclusivamente para pagar os salários dos trabalhadores”, pontuou o presidente Joerly Vítor. O sindicato marcou nova assembleia geral para o dia 05 de novembro para junto com os servidores resolver os próximos passos e ações das categorias.