Indígenas de Aratuba e de Canindé são homenageados com presença do prefeito Ivan neto e comitiva de Camilo Santana.
Os Índios Kanindés ao longo dos anos conquistarão um grande espaço no estado do ceará e tem ganhado grande representatividade no apoio social e resgate cultural nos municípios de Aratuba e Canindé, uma de suas maiores lutas e o resgate de seu espaço nesses 2 municípios.
O governador Camilo Santana esteve em Canindé, na noite dessa terça-feira (28/06) e proporcionou uma grande festa junto ao povo de Canindé e municípios vizinhos, com presenças de lideranças politicas, deputados e uma multidão foi anunciado investimentos para o municipio de Canindé.
O prefeito de Ivan Neto também afirmou ter recebidos novidades para o município de Aratuba, e que nos próximos dias daria uma resposta gratificante aos seus munícipes após novo encontro com Camilo Santana .
Foto - Redes Sociais |
A homenagem aos indígenas kanindés foi considerado pela aldeia como um grande reconhecimento a luta dos povos indígenas, fortalecendo ainda mais os movimentos dentro destes municípios e trazendo ao conhecimento dos demais habitantes destas terras a força cultural dos grandes detentores de lutas junto ao Deus Tupã.
A placa conta um pouco da história dos Kanindás os verdadeiros detentores das terras, o reconhecimento feito ao povo indígena ficou em um local estratégico da cidade de Canindé, na praça considerada o coração da cidade, além da honra de estarem localizada em uma das terras mais religiosas do nordeste, a cidade de são francisco.
"Localizados nos municípios de Canindé (sertão central) e Aratuba (serra de Baturité), os Kanindé tem a história marcada por um longo processo de migrações forçadas, e vem mantendo, apesar desta dispersão, laços de parentesco e sociabilidade que unem as comunidades do Sítio Fernandes e da serra da Gameleira, que compõem a etnia. A origem histórica da etnia Kanindé remete ao chefe Kanindé, principal da tribo dos Janduís, que liderou a resistência de seu povo no século XVII, obrigando o então rei de Portugal a assinar com ele tratado de paz, firmado em 1692, mas descumprido por parte dos portugueses. Como ocorria com muitos agrupamentos nativos, seus descendentes passaram a ser conhecidos como Kanindé, alusão ao chefe e à ancestralidade. Segundo tradição oral, vieram da região do atual município de Mombaça, passando por Quixadá, pelas margens do Rio Curu, entre os rios Quixeramobim e Banabuiú, junto aos seus parentes Jenipapo, antes de alcançar os seus locais de morada atuais. Chegaram ao Sítio Fernandes vindos da serra da Gameleira, também conhecida como serra do Pindar, em Canindé, por conta de secas, como a de 1877, e invasões de suas terras por posseiros criadores de gado. Traço cultural herdado dos ancestrais, a cultura da caça se materializa na existência de diversas armadilhas, como o quixó de geringonça, utilizado no apresamento de animais como mocó, tejo, cassaco, peba, veado, nambu, seriema e juriti, sempre respeitando os períodos de gestação dos bichos. A relação de sustentabilidade que mantêm com a natureza é ensinada às novas gerações, e busca garantir a permanência da caça para as próximas gerações.
"Localizados nos municípios de Canindé (sertão central) e Aratuba (serra de Baturité), os Kanindé tem a história marcada por um longo processo de migrações forçadas, e vem mantendo, apesar desta dispersão, laços de parentesco e sociabilidade que unem as comunidades do Sítio Fernandes e da serra da Gameleira, que compõem a etnia. A origem histórica da etnia Kanindé remete ao chefe Kanindé, principal da tribo dos Janduís, que liderou a resistência de seu povo no século XVII, obrigando o então rei de Portugal a assinar com ele tratado de paz, firmado em 1692, mas descumprido por parte dos portugueses. Como ocorria com muitos agrupamentos nativos, seus descendentes passaram a ser conhecidos como Kanindé, alusão ao chefe e à ancestralidade. Segundo tradição oral, vieram da região do atual município de Mombaça, passando por Quixadá, pelas margens do Rio Curu, entre os rios Quixeramobim e Banabuiú, junto aos seus parentes Jenipapo, antes de alcançar os seus locais de morada atuais. Chegaram ao Sítio Fernandes vindos da serra da Gameleira, também conhecida como serra do Pindar, em Canindé, por conta de secas, como a de 1877, e invasões de suas terras por posseiros criadores de gado. Traço cultural herdado dos ancestrais, a cultura da caça se materializa na existência de diversas armadilhas, como o quixó de geringonça, utilizado no apresamento de animais como mocó, tejo, cassaco, peba, veado, nambu, seriema e juriti, sempre respeitando os períodos de gestação dos bichos. A relação de sustentabilidade que mantêm com a natureza é ensinada às novas gerações, e busca garantir a permanência da caça para as próximas gerações.
Postado por - Victero Bruno