Prof. Gildo Gomes Prof. de História e Geografia no Município de Aratuba na Escola Maria Júlia de1995 a 2012 Colunista dnline
Fontes Documentais sobre a História de Aratuba
Os documentos históricos disponíveis sobre a historicidade aratubense:
1) O Álbum do Congresso Eucarístico da Igreja Católica, 1945;
02) Um Ensaio do Reino – Documento sobre a experiência comunitária em
Aratuba, de Frei Carlos Merster, na década de 70(?);
03) Histórico de Aratuba de Izilda Barbosa, 1982;
04) Histórico de Aratuba da Escola Joacy, 1984;
05) O Caso de Aratuba(recursos eleitorais) do advogado Aroldo Mota,1985;
06) Mini-histórico de Aratuba, 1988 citado em referências bibliográficas, não
consegui localizá-lo;
07) Histórico de Aratuba da Secretaria de Educação, Cultura e Desporto, 1995;
08) Aratuba Governo de Todos da Prefeitura Municipal, 1998;
09) Histórico de Aratuba da Biblioteca Pública Municipal, anônimo e sem data;
10) Um aspecto do espaço urbano de Aratuba: A historicidade da Paróquia São Francisco de Paula do Grupo Corujão, 2000;
11) Aratuba, um pouco mais, de Regina Magna e Gildo Gomes, 2005.
12) De Cuhyté(Sesmaria) a Aratuba, Pe. Neri Feitosa, 2011
Os documentos acadêmicos disponíveis sobre aspectos da historicidade aratubense:
1) Em busca da libertação - Fernandes, uma comunidade eclesial de base, tese de
mestrado da professora Nely de Lima Melo, apresentada na Universidade Federal da Paraíba em 1981;
02) Memorial do Negro: Cidade de Aratuba, tese de graduação da professora
Mayara Martins de Lima, apresentada a UVA em 2009;
03) O processo de nucleação de Aratuba no seu início, anos de 97/98, monografia de graduação da professora Isaura Batista, apresentada a UECE, em 2000;
04) A nucleação da escola pública – uma experiência de Aratuba, especialização
em Gestão de Cidades, de Júlio César Lima Batista, apresentada a UFC em 2005;
05) Estudos sobre a nucleação em Aratuba da professora Solange Xerez, seja sua tese de mestrado em 2002, apresentada na Universidade São Marcos em São Paulo ou seu livro Educação e Cidadania, ampliando os espaços de inclusão,
publicado em 2008.
O QUE SABEMOS SOBRE NOSSAS ORIGENS, DESENVOLVIMENTO E EMANCIPAÇÃO POLÍTICA A PARTIR DESSES DOCUMENTOS
O início do processo de povoamento do município de Aratuba é datado da primeira metade do século XIX, no ano de 1828, com a chegada do Capitão José Antonio Pereira, natural de Cascavel – Ceará que adquirira por compra do Sargento José Saraiva a faixa Sul da Serra de Baturité. O terreno pertencia à Sesmaria do Capitão Mor João Freitas Araújo. Antes disso, outros já haviam chegado na região, pois o documento Maciço de Baturité – Plano de Desenvolvimento Regional registra que “em 1738, foi tomada a parte poente da serra, na região atual Aratuba por Teodósio e Inácio Loiola Leitão, vindos do sertão de Canindé”.
No ano de 1829, o Capitão João José Pereira, filho de José Antonio Pereira iniciou o processo de ocupação branca na parte Sul da Serra, especialmente nas terras que geograficamente compõem o Município de Aratuba
A escravidão ainda existia em nossa sociedade, e o Capitão João José Pereira chegou ao mais novo lugar da serra, acompanhado de seus escravos e logo iniciou os trabalhos projetados. Lançou mão do que dispunha e construiu a primeira casa no mesmo local onde, atualmente encontra-se em estilo colonial o Casarão de D. Maria Barbosa Pereira (D. Doca), descendente do mesmo fundador. Era uma casa simples, de taipa que para época representava uma importante e significativa propriedade
Leopoldo Pereira Martins foi um centenário cidadão aratubense. Completou 100 anos no dia 14 de agosto de 1980. Sua morte trouxe duplo prejuízo para a historicidade do município: a perca de seu caderno de anotações que hoje poderia estar no museu e ser objeto de pesquisa. E sua histórica residência, considerada a segunda casa de Aratuba, caso existisse seria um patrimônio cultural.
Nossa terra era chamada de Coité pela abundância dessa fruta na região. Coité, era uma província da Paróquia São Francisco de Paula, município de Baturité, província do Ceará, ficando nessa condição até o ano de 1889, ano do fim do império brasileiro e início do período republicano.
No ano seguinte, no dia 12 de agosto de 1890, Coité passa a ser considerada uma vila através do decreto de no 35, de 1o de agosto do mesmo ano. Com a posição de Vila, Coité passou a ser politicamente assistida por um intendente (cargo equivalente ao de prefeito). O primeiro intendente foi Cel. Raimundo Pereira, residente no sítio Limoeiro e tinha como seu assessor o Sr. Vicente Gondim.
Em 1929, mais de 30 anos após o decreto da Vila de Coité, um novo decreto transforma-a em Vila de Santos Dumont. Com o sucesso do 14-bis do brasileiro e aviador Albert Santos Dumont, em 23 de outubro de 1906, seu nome tornou- se reconhecido nacionalmente. Vilas e propriedade foram batizadas com seu nome. Supõe-se que foi daí a denominação de Vila Santos Dumont o que era uma homenagem tardia. Vilas e propriedade foram batizadas com seu nome. Supõe-se daí que o nome Vila Santos Dumont veio em da ocorrência do fato supra citado
Pelos documentos da igreja Santos Dumont foi um nome usado apenas durante um ano, pois nos registros de batizados até 1943 usava-se ainda Coité até 4 março e passa a registrar os batizados com Santos Dumont de 7 de março até 02 de março de 1944.
“Registro 17. Livro de no 3 Fls. 7 Santos Dumont – Fazenda Sabiaguaba no rio Cangati Valor oitocentos mil réis – 800$000 Santos Dumont – Denominação “Canto” Arisquinho. Nove partes de terras de plantar com cafeeiros, frutíferas e uma casa de taipa coberta de telhas, tudo em comum outros herdeiros no sítio “Canto” e Arisquinho, circunscrição de Santos Dumont, deste termo parte de terra essas transferidas por herança Luiz Gervásio Colares avó dos transmitentes.
Pacoti, 20 de novembro de 1935 Valor – 800$000 (oitocentos mil réis). Registro no 44. Livro 3 Fl. 15 Oficial interino – Bernardino Pereira Martins”. (Livro de Tomo do Cartório de Pacoti) Santos Dumont – Denominação “Pai João” Doze partes e sub-partes do Sítio Pai João 2 de Janeiro de 1936 Luiz Marinho Collares e sua mulher Etelvina Marinho Collares Valor seis contos de réis – 6:000$000 Registro no 48 – Livro no 3 Fl. 17 (Livro de Tomo do Cartório de Pacoti )
Postado por: Victero Bruno