Pular para o conteúdo principal

Taxista de BH reage à Uber com bombons, revistas e bom atendimento

Por Gustavo Sumares 

A disputa entre taxistas e a Uber pelos passageiros das ruas do país continua a ter novos episódios. Hoje mesmo, por exemplo, a presidente Dilma Rousseff vetou uma lei que prejudicaria o serviço do aplicativo no Brasil.

Um taxista de Belo Horizonte (MG), no entanto, adotou uma manobra diferente para conquistar clientes: tratá-los melhor. Desde o início das operações da Uber na cidade, Marco Antonio Pereira diz já ter incorporado ao seu táxi barrinhas de cereal, bombons e garrafas de água, que ele oferece aos clientes, além de revistas e jornais para ler durante a viagem.

 

Ao Olhar Digital, Pereira disse que seu principal desejo é “trabalhar tranquilo e agradar os clientes” para, com isso, “mudar a imagem que a população tem de nós [taxistas]”. A postura violenta de alguns taxistas ficou evidente recentemente quando um casal que embarcava em um carro da Uber foi agredido por taxistas na capital mineira. Em seguida, o aplicativo ofereceu corridas gratuitas por um dia a usuários da cidade.

Pereira, que não é dono do carro que dirige e paga uma diária para poder usá-lo, diz ser contra atitudes violentas e acredita que “tem espaço para todos” nas ruas da cidade. Além das revistas e bombons que oferece aos clientes, ele diz que começou também a “se vestir melhor e ser mais educado” com seus passageiros para melhorar o serviço que presta. Com o avanço da concorrência, acredita, “a gente [taxistas] precisa fazer alguma coisa pra atrair os clientes”. 

O taxista não emite opiniões sobre a Uber, pois diz não conhecer bem o aplicativo que agrega motoristas particulares. No entanto, sugere que seu funcionamento deva ser legalizado, para que alguma forma de fiscalização possa ser incorporada ao serviço, beneficiando tanto os usuários quanto os motoristas. Pereira considera que os motoristas do aplicativo, antes de mais nada, “também são pais de família e precisam trabalhar”.

 

Desde que incorporou as melhorias a seu carro, o taxista diz ter recebido “muitas mensagens positivas de clientes e muito serviço”. No entanto, ele não sabe ainda se poderá manter o novo esquema de trabalho pois trabalha para a empresa BH Trans, que vistoria os carros e motoristas e pode não aprovar as alterações.

Pereira não crê que será prejudicado por sua atitude, mas diz que, ainda que solicitem que ele desfaça as melhorias que promoveu no veículo, continuará buscando outras maneiras de atender bem seus clientes.

O motorista também não tem nenhum relacionamento com o sindicato local de taxistas, e não sabe ainda qual é a postura da organização com relação à sua iniciativa. Acredita, porém, que a organização reagiria positivamente ao saber de sua atitude.

Olhar Digital já comparou os serviços dos taxistas e do Uber em São Paulo. Veja abaixo como foi:

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

História e Cultura - Índios Kanindés de Aratuba festejam dia do índio.

Dia de índio é todo dia  Nesta data tão especial dedico um pouquinho de meu Tempo que resta para descrever o que sinto em ser índios, e em especial ser índio da nação Kanindé localizada no município de Aratuba diz Nilton Kanindé.Ser índio não é fácil, o preconceito nos rodeia a cada passo que damos, mas nunca baixamos a cabeça e jamais negamos nossas raízes que nossos antepassados viveram e sofreram para que nossa historia continuasse viva. Na verdade seria uma grande covardia nos calarmos e deixasse essas vivencias somente na memoria, pois o bom é vivenciar, preservar e repassar para as novas gerações. No imaginário de muita gente o índio é aquele indivíduo que mora na floresta, vive apenas da caça, da pesca e algum tipo de coleta. Mas será mesmo essa a realidade indígena brasileira? No Brasil, somos hoje em torno de 305 etnias indígenas, falantes de 274 línguas indígenas. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, a população indígen...

História da Comunidade Fernandes - Aldeia Indígena Kanindé de Aratuba.

Historia e cultura em Aratuba. No batente de uma Artesã Creusa e seu Croché. Dona Creuza, foi uma das entrevistadas a reforçarem a fala de que belas peças como a do seu artesanato   tinham sido aprendidas com Dona Albertina, que se tornou, por sua vez,  um verdadeiro mito das terras do povo kanindé de Aratuba e objeto de pesquisa para aquelas e aqueles mais curiosos. Foi com alegria que Dona Creuza nos recepcionou em frente de sua casa ou, como dizem outros, no seu batente, dizendo que “aquilo que soubesse responder responderia”. Assim aconteceu. Sentada num banquinho, enquanto respondia as perguntas da equipe de entrevistadores da turma, ela até parecia uma contadora de histórias, falando de meados dos anos 50, época que seus olhos não presenciaram, mas que é conhecimento adquirido desde os seus familiares Rajado Local de Partida Como ponto de partida, fomos ao Rajado, local no qual os Kanindés de Aratuba realizam o plantio de subsistência. Tivemos como companheiros nessa emp...

ARATUBA APOIA Petição em favor da Universidade Aberta do Brasil

Apoie este Abaixo-Assinado. Assine e divulgue. O seu apoio é muito importante. Petição em favor da Universidade Aberta do Brasil Para: Exma. Presidenta da República; Congresso Nacional do Brasil; Câmara dos Deputados; Senado Federal O Sistema da UAB foi instituído para "o desenvolvimento da modalidade de educação a distância, com a finalidade de expandir e interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior no País", conforme prevê o Decreto 5.800, de 8 de junho de 2006. Atualmente 170 mil alunos fazem parte do programa que já conta com mais de 120 mil alunos formados. A UAB está presente com polos de apoio presencial em mais de 700 cidades do Brasil. Apesar dos números e dos aspectos positivos hoje a UAB trabalha no limite dos seus recursos o que pode inviabilizar a continuidade do sistema. Diante desse cenário, esta petição pública tem como objetivo coletar assinaturas de alunos, professores, tutores e todos que acreditam na educação superior pública, gr...