Para estudar fora, menino de SC cria negócio e pais mudam de emprego
Aos 10 anos, Alan quer estudar no Canadá com renda de brigadeiros.
Modelo, pai deixou SP e hoje vende doces em food bike que filho idealizou.
Aos 10 anos, Alan idealizou food bike para vender brigadeiros e envolveu os pais (Foto: Letícia Matos/Notisul)
Tudo começou quase como uma brincadeira, há alguns meses. Alan, de 10 anos, queria juntar dinheiro para fazer intercâmbio no Canadá. “Mãe, você podia fazer uns brigadeiros para eu vender pela vizinhança”, sugeriu o menino. Isabelle Zabot, de 39 anos, que até então nunca tinha colocado à prova o talento de confeiteira familiar, topou. O negócio deu tão certo que hoje a food bike idealizada por Alan em Tubarão, no Sul catarinense, fez os pais mudarem de trabalho.
No começo, mãe e filho entregavam os doces de carro. Com o tempo, a fama dos brigadeiros foi alcançando outros bairros da cidade. “Essa brincadeira está ficando cara, Alan”, disse a mãe. Foi então que o menino viu na TV uma reportagem sobre a onda das food bikes, que tem ganhado espaço nas cidades, no rastro dos food trucks. Foi então que decidiram adaptar um triciclo. “Morávamos em São Paulo e víamos muitos desses triciclos em parques”.
Menino criou negócio sobre bike em Tubarão
pensando em ir para o Canadá (Foto: Arquivo Pessoal)
A “sociedade” de mãe e filho foi ficando cada vez mais sólida. Com parte do que ganhava, era o próprio Alan quem pagava as prestações do triciclo, enquanto a mãe investia nos ingredientes. Para viabilizar o comércio, eles abriram uma microempresa individual e têm autorização para circular pela cidade.
Negócio uniu família
Graças à ideia de Alan, a família, que vivia na ponte aérea entre Santa Catarina e São Paulo, pôde voltar a viver unida. “Meu marido trabalhava como modelo em São Paulo. Ele acabou vindo para Tubarão e começou a ajudar. Eu trabalhava como terapeuta e hoje não dou mais conta de atender”, diz Isabelle, que já mantinha com o marido uma empresa de drinks.
A família hoje trabalha de segunda a sábado com a food bike. Isabelle fica na produção diária dos doces, feitos artesanalmente. E o pai do menino é quem faz as entregas e circula por pontos estratégicos da cidade.
“Não pode sobrar de um dia para o outro. Às vezes tem gente que fica sem”, diz Isabelle, que produz mais de 20 sabores do doce – em versões como churros, pé-de-moleque e limão siciliano.
Lucro dividido
Com sua “sócia”, Alan participa das entregas da food bike apenas às sextas-feiras, entre 10h e 11h - o menino estuda à tarde. Nesses dias, chega a vender 10 caixinhas com quatro brigadeiros, a R$ 8 cada. Nos outros dias, a renda fica com os pais, que vendem até 60 caixas por dia de trabalho.
Alan ainda não conseguiu juntar todo o dinheiro para realizar seu sonho de ir para o Canadá, mas a mãe acredita que ele vai alcançar sua meta, de um jeito ou de outro. “Ele lê muito, é bastante estudioso. Precisa ver o boletim dele!”, diz a mãe, orgulhosa, do “Doce menino doce” que dá nome à empresa.
Café e bolo na bike
A onda das bike foods também chegou a Florianópolis, mas pelas mãos de “gente grande”. Há pouco mais de um mês, uma cafeteria da Lagoa da Conceição decidiu inovar e oferecer cafés e bolos sobre rodas. “Nossa marca passeia na cidade”, diz um dos sócios da Le Petit Jack, que garante ser a primeira do tipo na capital catarinense.
Sócios de food bike em Florianópolis que oferece cafés e bolos (Foto: Divulgação)
Por enquanto, a food bike funciona em espaços privados, como eventos de food trucks e festas de casamento. “O diferencial é a qualidade e a estrutura sobre uma bike, que também substitui o tradicional cofee break”, diz Veronese.
A ideia surgiu depois que duas "boleiras", a paulista Constance Matuck Sotos e a gaúcha
Cristiani Lima Rodrigues, tiveram a ideia de unir seus quitutes vendidos em potes de vidro aos cafés que Veronese oferecia em seu estabelecimento - tudo sobre rodas e sem poluir a cidade.
Ele diz que espera que o negócio sirva de exemplo para que outras empresas também passem a oferecer seus produtos de forma itinerante . “É um modelo de negócio em que o investimento é muito baixo”, diz Veronese, cujos cafés variam de R$ 3,50 a R$ 12.
Aos 10 anos, Alan quer estudar no Canadá com renda de brigadeiros.
Modelo, pai deixou SP e hoje vende doces em food bike que filho idealizou.
Aos 10 anos, Alan idealizou food bike para vender brigadeiros e envolveu os pais (Foto: Letícia Matos/Notisul)
Tudo começou quase como uma brincadeira, há alguns meses. Alan, de 10 anos, queria juntar dinheiro para fazer intercâmbio no Canadá. “Mãe, você podia fazer uns brigadeiros para eu vender pela vizinhança”, sugeriu o menino. Isabelle Zabot, de 39 anos, que até então nunca tinha colocado à prova o talento de confeiteira familiar, topou. O negócio deu tão certo que hoje a food bike idealizada por Alan em Tubarão, no Sul catarinense, fez os pais mudarem de trabalho.
No começo, mãe e filho entregavam os doces de carro. Com o tempo, a fama dos brigadeiros foi alcançando outros bairros da cidade. “Essa brincadeira está ficando cara, Alan”, disse a mãe. Foi então que o menino viu na TV uma reportagem sobre a onda das food bikes, que tem ganhado espaço nas cidades, no rastro dos food trucks. Foi então que decidiram adaptar um triciclo. “Morávamos em São Paulo e víamos muitos desses triciclos em parques”.
Menino criou negócio sobre bike em Tubarão
pensando em ir para o Canadá (Foto: Arquivo Pessoal)
A “sociedade” de mãe e filho foi ficando cada vez mais sólida. Com parte do que ganhava, era o próprio Alan quem pagava as prestações do triciclo, enquanto a mãe investia nos ingredientes. Para viabilizar o comércio, eles abriram uma microempresa individual e têm autorização para circular pela cidade.
Negócio uniu família
Graças à ideia de Alan, a família, que vivia na ponte aérea entre Santa Catarina e São Paulo, pôde voltar a viver unida. “Meu marido trabalhava como modelo em São Paulo. Ele acabou vindo para Tubarão e começou a ajudar. Eu trabalhava como terapeuta e hoje não dou mais conta de atender”, diz Isabelle, que já mantinha com o marido uma empresa de drinks.
A família hoje trabalha de segunda a sábado com a food bike. Isabelle fica na produção diária dos doces, feitos artesanalmente. E o pai do menino é quem faz as entregas e circula por pontos estratégicos da cidade.
“Não pode sobrar de um dia para o outro. Às vezes tem gente que fica sem”, diz Isabelle, que produz mais de 20 sabores do doce – em versões como churros, pé-de-moleque e limão siciliano.
Lucro dividido
Com sua “sócia”, Alan participa das entregas da food bike apenas às sextas-feiras, entre 10h e 11h - o menino estuda à tarde. Nesses dias, chega a vender 10 caixinhas com quatro brigadeiros, a R$ 8 cada. Nos outros dias, a renda fica com os pais, que vendem até 60 caixas por dia de trabalho.
Alan ainda não conseguiu juntar todo o dinheiro para realizar seu sonho de ir para o Canadá, mas a mãe acredita que ele vai alcançar sua meta, de um jeito ou de outro. “Ele lê muito, é bastante estudioso. Precisa ver o boletim dele!”, diz a mãe, orgulhosa, do “Doce menino doce” que dá nome à empresa.
Café e bolo na bike
A onda das bike foods também chegou a Florianópolis, mas pelas mãos de “gente grande”. Há pouco mais de um mês, uma cafeteria da Lagoa da Conceição decidiu inovar e oferecer cafés e bolos sobre rodas. “Nossa marca passeia na cidade”, diz um dos sócios da Le Petit Jack, que garante ser a primeira do tipo na capital catarinense.
Sócios de food bike em Florianópolis que oferece cafés e bolos (Foto: Divulgação)
Por enquanto, a food bike funciona em espaços privados, como eventos de food trucks e festas de casamento. “O diferencial é a qualidade e a estrutura sobre uma bike, que também substitui o tradicional cofee break”, diz Veronese.
A ideia surgiu depois que duas "boleiras", a paulista Constance Matuck Sotos e a gaúcha
Cristiani Lima Rodrigues, tiveram a ideia de unir seus quitutes vendidos em potes de vidro aos cafés que Veronese oferecia em seu estabelecimento - tudo sobre rodas e sem poluir a cidade.
Ele diz que espera que o negócio sirva de exemplo para que outras empresas também passem a oferecer seus produtos de forma itinerante . “É um modelo de negócio em que o investimento é muito baixo”, diz Veronese, cujos cafés variam de R$ 3,50 a R$ 12.
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